terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nossas passarelas

Contou-nos um professor, que um dia desses deu carona a uma amiga e esta estava irradiando felicidade. O motivo da sua alegria era o fato de haver vencido algo que a atormentava desde a infância: o medo de atravessar passarelas. Moradora de uma cidade grande, vez ou outra precisava atravessar uma rua movimentada utilizando as passarelas destinadas aos pedestres. Sempre que ia enfrentar esse terror, ela se agachava, se agarrava ao parapeito e seguia engatinhando como se fosse um bebê. Naquele dia, em que conversava com o amigo, ela contou que, quando estava quase no meio do trajeto, começou a conversar consigo mesma sobre o tormento do medo. Viu-se, ali, agarrada às muretas, se arrastando como se a passarela fosse desabar em minutos, e se questionou: "como pode uma mulher de quase 50 anos de idade estar rastejando desse jeito, enquanto crianças passam descontraídas e confiantes?" "Isso não faz sentido!" E, buscando uma força interior que não imaginava possuir, levantou-se, respirou fundo, apoiou a mão suavemente sobre o parapeito, e seguiu. Mas não foi só isso! Desafiando o próprio medo ela ousou olhar para baixo, os carros que transitavam em alta velocidade. Os primeiros momentos foram de luta íntima entre a confiança e a fobia, mas venceu o bom senso e ela chegou ao outro lado, irradiando felicidade. Havia derrotado o monstro que a aterrorizou por longo tempo. Muitos de nós temos nossas passarelas para enfrentar. E elas se apresentam das mais variadas formas e nos mais inesperados momentos. São as fobias e medos que nos infelicitam, que nos fazem rastejar, que nos impedem os passos na travessia dos obstáculos necessários ao nosso crescimento espiritual. E muitas dessas passarelas são frutos da nossa imaginação, da nossa falta de fé, da nossa insegurança. Importante que pensemos no objeto dos nossos medos com a seriedade que o assunto exige. Existem perigos reais que provocam o medo racional, que aciona o instinto de conservação com o fim de preservar nossa integridade moral e física. Isso é perfeitamente natural. Mas também existem perigos imaginários, que impedem nossa caminhada e nos deixam ilhados nos limites gerados pelo medo irracional, o medo sem sentido. Quando, por exemplo, nos deparamos com uma ponte que está rachada, com vários indícios de que poderá desabar, evitar a travessia é decisão de bom senso. Esse medo é perfeitamente racional. Mas quando a ponte está firme, sólida, não oferece risco algum, e ainda assim sentimos medo de atravessar, esse temor é sem sentido, sem razão de ser. É o medo irracional. Por isso é importante que façamos uma análise consciente das nossas fobias, para que o medo irracional não nos impeça os passos na direção da felicidade que desejamos alcançar.

Vale a pena enfrentar nossas passarelas com disposição e coragem, para que possamos sentir a satisfação de chegar à outra margem da rua, do rio, dos obstáculos variados. E atravessar essas passarelas pode significar simplesmente derrotar o medo de ser feliz, que por vezes nos distancia de um abraço de reconciliação, de perdão, de conquistar uma virtude qualquer...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Como um lápis


O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou: Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco?... E por acaso, é uma história sobre mim? A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto. Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse. O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. - Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida! Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.

- Primeira qualidade, você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.

- Segunda qualidade, de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

- Terceira qualidade, o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

- Quarta qualidade, o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.

- Finalmente, a quinta qualidade do lápis, ele sempre deixa uma marca... Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.

Constante mudança





Tudo é uma constante mudança. As pessoas mudam, o mundo muda... Tudo se transforma com o tempo, e nada permanece igual. O que nos resta são os bons momentos que foram vividos e que ficam guardados para sempre em nossa lembrança. Devemos viver cada segundo intensamente. Nada é perfeito e em nossa vida surgem obstáculos e muitas vezes nos vemos sem saída e sem solução para nossos problemas. Aí pensamos e surge a dúvida: Será que existe luz no "fim do túnel"? Para tudo existe uma solução e o maior e principal problema está em nós mesmos, em nossa dificuldade de encarar os fatos e lutarmos por aquilo que realmente desejamos. Toda pessoa possui dentro de si um certo medo, uma insegurança de não conseguir e de ser um perdedor; mas a vida é uma intensa provocação, e devemos encará-la de "peito aberto" para poder vencer e mostrar a nós mesmos que somos capazes de lutar e sermos os melhores. Devemos sempre seguir a voz de nosso coração e seguir sem medo de viver. A palavra nunca, não existe no vocabulário da vida, pois nós podemos tudo o que quisermos. A auto confiança e a segurança devem ser as principais armas nessa batalha que se chama vida. Mas o que a vida representa? A vida é feita de momentos muitas vezes ruins e bons, tristes e alegres e de presente, passado e futuro. O passado foi vivido e as recordações restam; para o futuro termos esperanças de uma vida feliz. Mas e o presente?

Devemos vivê-lo ao máximo, para podermos fazer desses momentos os melhores de nossas vidas. Um conselho: Viva e aprenda com a vida. A cada dia, aprendemos novas lições e com elas tiramos proveito para não errar novamente, não "tropeçar" no mesmo erro. Todos os dias acordamos e fazemos praticamente o mesmo, e às vezes o cotidiano cansa. Mas mesmo assim, olhe para o céu e para o sol. Enquanto ele brilhar para nós, ainda existirá esperança. Podemos ser felizes com pequenas coisas. Sempre faça de sua vida uma eterna primavera com flores sempre a nascer. Vida é renovação, é esperança e temos que ter força para lutar. Não importa que tipo de vida você tenha, apenas viva e tente ser feliz, lute até o fim, busque seus sonhos e ideais com toda a força que puder, pois com certeza alcançará; e no fim de sua vida, você poderá olhar para trás e dizer com orgulho: "Eu lutei, eu vivi, eu busquei, eu venci."

E os pequenos e grandes obstáculos que enfrentou, você perceberá que foram como "espinhos" que se foram e se perderam com o tempo.

Julgamento

Certa vez um sábio deitou-se ao lado da estrada, imerso em profunda meditação. Passou por ali um ladrão e, ao vê-lo naquele estado, comentou: - Este homem dever ser um ladrão. Certamente roubou alguma casa à noite e agora adormeceu de cansaço. Logo chegará a polícia e o prenderá. Vou escapar a tempo. E tratou de fugir. Pouco depois, passou um bêbado e, olhando para aquele homem deitado, exclamou: - Bebeste demais e caíste aí. Estou mais firme do que tu e não vou cair. E continuou seu caminho. Finalmente, passou por ali um sábio e, percebendo que o homem caído ao chão era um Santo em estado de êxtase, sentou-se ao lado dele e começou a esfregar suavemente seus santos pés.

Cada um julga os outros por si.

Avance sempre

Na vida as coisas, às vezes, andam muito devagar. Mas é importante não parar. Mesmo um pequeno avanço na direção certa já é um progresso, e qualquer um pode fazer um pequeno progresso. Se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, faça alguma coisa pequena. Pequenos riachos acabam convertendo-se em grandes rios. Continue andando e fazendo. O que parecia fora de alcance esta manhã vai parecer um pouco mais próximo amanhã ao anoitecer, se você continuar a caminhar. A cada momento intenso e apaixonado que você dedica a seu objetivo, um pouco mais você se aproxima dele. Se você pára completamente é mais difícil começar tudo de novo. Então continue andando e fazendo. Não desperdice a base que você já construiu. Existe alguma coisa que você pode fazer agora mesmo, hoje, neste exato instante. Pode não ser muito, mas vai mantê-lo no jogo. Vá rápido quando puder. Vá devagar quando for necessário. Mas, seja lá o que for, continue. O importante é não desistir!